terça-feira, 13 de novembro de 2012

RESENHA COMPARATIVA - MATRIX


   Olá, gostaria de compartilhar com vocês mais um trabalho acadêmico da Disciplina de Comunicação da FTEC, do grande professor Gilberto Leal da Fonseca.
    Esta é uma resenha comparativa de uma visão sociológica de Robin Hanson. Segue :

Resenha comparativa (visão sociológica):  Cypher estava certo ?
                                        1ª Parte: Por Quê ficamos na nossa Matrix – por Robin Hanson
  “Ao contrário dos pobres infelizes escravizados pela Matrix,somos  livres. Vemos o mundo como ele é e tomamos decisões na vida de acordo com os nossos desejos e valores. Nenhum marionetista malévolo nos controla. Certo? O economista Robin Hanson discorda, com todo o respeito.”
             O filme Matrix (1999) tem como protagonista Thomas A. Anderson (Keanu Reeves) respeitado programador da empresa de softwares Meta Cortechs, atividade totalmente legal, mas que na ilegalidade como hacker é conhecido como Neo (anagrama de “One”) e que é incansavelmente procurado por Morpheus (Laurence Fishburne) através das redes de computadores que ele navega. Morpheus designa a Trinity (Carrie-Anne Moss) a busca por Neo. Ela o encontra em um bar e leva Neo para conhecer Morpheus, no caminho terão que lutar contra os agentes criados pela Matrix (típicos agentes da Cia ou FBI), especialmente o Agente Smith (Hugo Weaving) que tenha impedir este encontro. O filme todo é um grande exercício do imaginário humano sobre o domínio das máquinas (computadores) criados pelo homem e que no futuro terão capacidade própria de criarem uma inteligência artificial e tornarão os homens seus escravos e fonte da energia necessária para seu funcionamento.
            O autor fala em seus texto sobre a rebelião contra a Matrix , que mantêm os seres humanos em regime de escravidão e alienação através da criação de uma mundo virtual perfeito e de como isto talvez fosse bom. Ele diz:
“Uma guerra de rebeldes contra as IAs ameaça aquelas vidas, aquela alegria, aquele progresso, e para quê?”
  A alienação de nós seres humanos, quer seja por falta de cultura, uso de drogas psicóticas voluntariamente ou involuntariamente(vício), massificação de opinião através dos mais diversos meios de mídias disponíveis, nunca foram e nunca serão, para nós seres pensantes e que usamos o polegar opositor de forma consciente, a melhor opção de vida, seremos eternos rebeldes contra qualquer força opressiva da forma de pensar e de melhor viver. É claro, e sabemos, que existem níveis de insatisfação e de rebeldia diferentes entre os seres humanos e que, também, serão diretamente afetados pela situação temporal e social a qual está inserido este ser.
            Ao longo de toda a história da humanidade, não conhecemos nenhum tipo benéfico de submissão de um ser em detrimento de outro, ao contrário, a história só nos mostra exemplos de perdas e prejuízos para quem foi submetido a um regime deste. Não seria no futuro que isto se tornaria um benefício.
            Outro ponto de Hanson fala sobre os genes humanos, hereditariedade, memória genética, etc. Fala, também, de que estes genes, “genes egoístas” nossos amos e senhores tendem a criar o mundo dos sonhos, que é o mundo do amor, do bom humor, das conversas, da moda, das artes, da religião e das idéias abstratas que prendem,então, a atenção de nossa “mente procriadora”. Neste pronto, com relação ao filme, podemos notar que esta função da criação deste mundo dos sonhos é, no filme, função da Matrix, onde criado o universo virtual proporciona ao seres viventes, no caso, os humanos, o entretenimento de uma vida perfeita e desvirtua-os da essência de sua sobrevivência que é o procriar a espécie. Esta tarefa, então, passa a ser da Matrix que cria milhões de novos seres, artificialmente, isto é, fora de um útero feminino e que vai dispor destes seres criados como fonte de energia.
            Neste ponto temos a presença do personagem Cypher, um dos motivos deste artigo, Por quê não ficamos na Matrix ? onde ele se diz cansado de toda esta situação, virtual/real, e que, em seu encontro com o agente Smith, num restaurante, diz que preferiria ser rico e famoso, como um ator. Vemos, aqui, a rendição do ser, com toda sua carga genética natural para o mundo virtual criado pela IAs. Você se renderia? Ou seria um rebelde?
            Como diz o autor: “Aonde isto nos leva?”
            No filme Matrix os rebeldes lutam contra o virtual que foi criado para cegá-los da realidade a que estão expostos, o filme diz que a data é 2199, onde o mundo que conhecemos hoje já não existe mais, possivelmente por uma guerra nuclear nas cenas mostradas. Os rebeldes, na pessoa do Neo, querem deixar de serem controlados através do mundo dos sonhos e ambicionam recriar uma nova Matrix e uma nova ordem onde serão totalmente livres. Onde não estariam mais sendo controlados por máquinas e IAs. O filme dos irmãos Wachowski é um grande exercício de imaginação do domínio tecnológico a que nos expomos. Não estaríamos vivendo, hoje em 2012, a Matrix? passaram-se apenas 13 anos do lançamento do filme e nossa dependência das máquinas é muito grande. Os anos 60 queríamos que caísse o “Sistema”, hoje, quando os sistemas ficam fora do ar por alguns minutos parece que o mundo vai acabar, A Matrix tomou conta de você?,  a Matrix tomou conta de nós?, Você que está lendo este texto é real?, eu que escrevi este texto sou real?, ele foi entregue pessoalmente ou virtualmente? . Perguntas, perguntas... Como disse Trinity em uma cena do filme “Não são as respostas que nos movem, e sim as perguntas”. Pense nisso.





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